1. A marca X é melhor que a Y
Muito se ouve sobre as diferenças entre marcas de equipamento fotográfico e sobre qual será a melhor. “Ouvi dizer que a marca X é melhor do que a Y” ou que “A marca Y é mais barata do que a X”. A verdade é que atualmente todas as marcas apresentam gamas equivalentes com preços e qualidade final de imagem muito semelhantes. As diferenças são muitas das vezes pouco visíveis nas imagens finais.
Sabe qual é a melhor forma de decidir que marca comprar? Testar! Peça informações aos seus amigos que possuem câmaras fotográficas e experimente fazer umas imagens. Além de facilitar o empréstimo futuro de equipamento ( 🙂 ), decease order o facto de testar as câmaras será a forma mais fácil de perceber qual a câmara que mais se adequa às suas necessidades, qual a marca que lhe oferece maior facilidade de manuseamento, etc.
2. Quanto mais megapíxeis, melhor é a câmara
FALSO! Os megapíxeis não significam que a câmara é melhor. A confusão acontece porque a indústria fotográfica utiliza este valor para vender câmaras. Fica implícito que quanto mais megapíxeis, melhor a qualidade da foto. A verdade, no entanto, é que este número não faz assim tanta diferença. Os megapíxeis representam apenas o tamanho da fotografia.
O que realmente se deve ter em atenção quando compramos uma câmara fotográfica é o sensor. Sensores maiores criam fotografias que reproduzem mais fielmente a realidade com mais nitidez e qualidade.
Outro fator importante são as objetivas utilizadas.
Concluindo, é necessário um equilíbrio entre resolução e qualidade do sensor. Uma câmara com 40 megapíxeis e um sensor de fraca qualidade irá produzir imagens com grande resolução (imagens enormes) mas de fraca qualidade. Uma câmara com 8 megapíxeis com um bom sensor irá produzir imagens com menor resolução, mas com qualidade superior!
Veja um exemplo de comparação de tamanho de sensores. A maioria das câmaras com controlos manuais e melhor qualidade têm o tamanho amarelo ou azul. As câmaras compactas e telemóveis possuem sensores menores (cor verde).
3. Os melhores retratos acontecem no fim da sessão fotográfica
É errado pensar que as melhores fotografias, durante uma sessão fotográfica, acontecem no fim da mesma. “As pessoas ficam tensas no início, normalmente as fotografias são melhores no fim da sessão porque os retratados estão mais à vontade.” Mentira!
Se souber dirigir o/a modelo, as fotografias serão boas do início ao fim. O que geralmente acontece é o fotógrafo ficar tenso no início da sessão. O problema é portanto do fotógrafo e não dos modelos. Evite este problema trabalhando a forma como lida com os seus modelos.
4. Existe muita gente sem qualidade a “poluir” o mercado da fotografia
O fácil acesso à tecnologia faz com que mais pessoas possam ter câmaras fotográficas e ver na Fotografia um potencial negócio. Muitos fotógrafos que iniciam a carreira não sabem quanto cobrar por um determinado trabalho de fotografia e acabam por cobrar menos do que o necessário para pagar as suas próprias despesas.
Isto interfere na vida dos fotógrafos mais experientes e instalados profissionalmente? Não! Uma pessoa que não sabe cobrar preços certos só se vai prejudicar a si mesmo e mais tarde ou mais cedo irá perceber o prejuízo.
Se está com poucos clientes, talvez o problema esteja em si. Atualize-se, analise o seu plano de negócios e tente fazer um trabalho mais relevante e interessante para o seu público-alvo.
É importante salientar que cobrar pouco não é um problema em si: muitos profissionais escolhem um público-alvo com menos capacidades financeiras e produzem trabalho possível de realizar com qualidade a custos mais baixos.
5. Pena que exista Photoshop, antigamente a Fotografia era mais “real”
Para muitos, usar o Photoshop para manipular uma fotografia, seja para ajustar luminosidade/contraste ou até para remover ou acrescentar ou remover objetos, retira o valor à fotografia final.
A verdade é que tudo o que hoje se faz em fotografia no Photoshop é baseado em técnicas de laboratório analógico. Desde sempre que a fotografia é revelada e editada (ajustes de luminosidade, contraste, remoção/adição de objetos, etc).
O próprio conceito de manipulação pode ser discutido, sendo que até a fotografia que não tenha sido “photoshopada” é fruto de manipulação: o momento escolhido para realizar a fotografia, a técnica utilizada, o enquadramento e os equipamentos utilizados influenciam o resultado final.
Dito isto, boas fotos! 🙂