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Olavo Azevedo – Sernancelhe, Portugal.
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Natural de Sernancelhe, autodidata, médico de formação, iniciou o seu percurso com a fotografía analógica até ao aparecimento da fotografía digital, altura em que começou a desenvolver projectos fotográficos de uma forma mais consistente e assertiva. Com publicações em revistas da especialidade, alguns prémios atribuídos, é assíduo participante na web, do qual se destacam o 1X .com, olhares.com, 500x…
O reconhecimento da fotografia como arte, alia-se a uma sensação de bem estar, de prazer e de relaxamento individual. E de criação. E dos desafios que essa mesma criação proporciona e a satisfação de conseguir algo que nos dá prazer, único e pessoal. Nunca existem dois trabalhos iguais.
A fotografía com a função primordial de transmitir sensações, permite conduzir-nos a diferentes estados emocionais e desde cedo exerceu um fascínio irresistível sobre a forma de elaborar o meu trabalho.
Assim conseguir establecer uma relação sentimental e sensorial com o observador, representa o culminar da planificação, antecipação e execução da fotografia através de técnicas de composição, edição e impressão.
Embora a tomada de vista do assunto que vamos fotografar possa ser feita de forma rigorosa e tecnicamente irrepreensível, nem sempre se consegue transmitir o impacto sensorial do que previamente nos tínhamos apercebido.
Deste modo a desilusão do fracasso faz também parte integrante do processo criativo e de aprendizagem, com o qual temos que aprender a lidar.
Poder partilhar uma imagem que de alguma forma possa despertar estados de espírito diversos no observador tem sido nosso lema ao longo do tempo, representando um desafio e criando uma sensação de realização pessoal.
As imagens são tomadas, apreendidas e interpretadas principalmente através de um processo cognitivo, sentimental e experiencial, quer seja intrinsecamente pessoal, quer seja de vivências anteriormente percepcionadas pelo fotógrafo ou pelo observador.
Luz, linhas, formas, contrastes, padrões, texturas, geometrias, grafismos, fazem parte de um caminho trilhado ao longo do tempo, numa abordagem por vezes abstracta, mas sempre com o objectivo final de representar graficamente o sentir emocional do acto visual.
É uma fotografia essencialmente gráfica, muitas vezes minimalista, na qual as formas, os tons, os contrastes e a luz têm um relevo preponderante e uma abordagem estética própria, que só o fotógrafo através da ocular poderá conseguir, pondo em jogo a sua sensibilidade e antecipando o resultado final pretendido.
Nesta dicotomía se baseia a relação entre o fotógrafo e o observador evidenciada através da luz, da perspectiva, dos pontos de fuga e do sujeito fotografado, permitindo evocar e questionar o conteúdo emocional apreendido pelo observador, daquilo que o fotógrafo coloca perante os seus olhos.
Neste contexto a fotografia a preto e branco, através da supressão da cor, traduz o culminar desse acto emocional levando-nos a centrar o olhar e a mente, não no objecto em si, mas no que o mesmo pode representar em termos emocionais.
Poder transpor para uma imagem essa emoção, partilhada e apreendida pelo observador, sempre se colocou como um desafio na evolução do meu trabalho fotográfico e representa afinal o objectivo final do acto de fotografar
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Onde encontrar mais do meu trabalho :
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