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OS INSUBMISSOS de James Nachtwey

Local: Centro Português de Fotografia/ Antiga Cadeia e Tribunal da Relação do
Porto, 4050-008 Porto
Inauguração: 4 de março de 2023, 16:00h
Data de Termo: 30 de abril de 2023


Trabalho incontornável sobre a guerra da Ucrânia, de James Nachtwey, uma lenda viva
do fotojornalismo.



«A barbárie e a insensatez do ataque russo são inacreditáveis, mesmo quando as vejo com os meus próprios olhos. O bombardeamento de residências civis, os disparos dos tanques à queima-roupa sobre casas e hospitais, o assassínio de não-combatentes em áreas ocupadas militarmente, fazem parte das tácticas usadas numa guerra que foi desencadeada sobre um estado soberano vizinho e não ameaçador… Pessoas “comuns” continuam a demonstrar uma coragem e determinação extraordinárias, se não mesmo teimosia, diante da imensa perda de vidas e destruição.»

Fotógrafo: James Nachtwey



Sinopse biográfica:
Desde 1981, James Nachtwey tem dedicado a sua carreira a documentar guerras, conflitos e temas sociais por todo o mundo. Tem sido amplamente premiado pelo seu trabalho de jornalismo, mas também pelos seus contributos nos domínios artístico e humanitário.

Contam-se, entre os prémios, o Dan David,em 2003, o prémio da Fundação Heinz Family para as artes e o TED, ambos em 2007. Em 2012 foi galardoado com o prémio Dresden pela promoção da paz mundial. Nachtwey foi também distinguido em 2016 com o prémio Princesa das Astúrias.

Ganhou, por cinco vezes, a Medalha de Ouro Robert Capa por coragem e iniciativa excepcionais e foi oito vezes eleito Magazine Photographer of the Year. Recebeu ainda quatro doutoramentos honoris causa de universidades norte-americanas, incluindo do Dartmouth College, que recentemente adquiriu todo o arquivo do seu trabalho.

Para referir alguns dos seus trabalhos, sublinhamos a cobertura da violenta divisão da exJugoslávia, os conflitos armados na Chechénia, os conflitos civis na Irlanda do Norte e, mais recentemente, a invasão russa da Ucrânia.



Irpin. Durante um ataque das forças russas em Kiev, várias pessoas em fuga foram ajudadas por voluntários locais. Na imagem, um idoso em colapso apoia-se nos braços de um voluntário, depois de atravessar a pé uma ponte em escombros.



No continente africano, fotografou o genocídio no Ruanda, a fome na Somália e no Sudão, e a luta de libertação contra o regime do apartheid na África do Sul. Reportou ainda as guerras civis na América Central durante a década de 80 e as invasões norte-americanas do Afeganistão e do Iraque, onde sofreu um ferimento de granada durante um ataque.

Na Ásia, documentou a queda de ditaduras nas Filipinas, na Coreia do Sul e na Indonésia, mas tambem desastres naturais no Japão e no Nepal, e ainda a «guerra às drogas» extrajudicial nas Filipinas.

Nachtwey tem ido ao encontro dos temas sociais mais críticos em todo o mundo, e com igual dedicação. O abuso institucional de órfãos na Roménia, os sem-abrigo, a dependência de drogas, a pobreza, o crime, os problemas globais de saúde e a poluição industrial são alguns dos assuntos extensivamente abordados por James Nachtwey.

Em 2017 e 2018, Nachtwey reportou a crise dos opióides nos Estados Unidos para uma edição especial da revista TIME.

Além das inúmeras exposições individuais um pouco por todo o mundo, as fotografias de
Nachtwey podem ser vistas nas colecções permanentes dos principais museus e instituições culturais, entre os quais, o MoMa, o Museu Whitney de Arte Americana, o Museu de Arte Moderna de São Francisco, o Museu de Belas Artes de Boston, a Biblioteca Nacional da França, o Centro Pompidou e o Museu Getty.

A vida e obra de James Nachtwey está documentada em War Photographer, uma longa
metragem de 2001 nomeada para um Óscar. Publicou também Deeds of War e Inferno.


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